Vista parcial de São Joaquim em 1940.
BREVE HISTÓRIA
São Joaquim foi colonizada por descendentes de portugueses e espanhóis vindos do Rio Grande do Sul e de São Paulo, a partir de 1750. Depois de se fixarem na região fundaram grandes fazendas de gado, muitas das quais serviram de pouso aos tropeiros que levavam gado do sul para a região de Sorocaba/SP. A partir de 1873, com a fundação da freguesia de São Joaquim do Cruzeiro da Costa da Serra, a região recebeu descendentes de alemães e italianos, que se integraram ao processo de colonização. Em agosto de 1886, a freguesia tornou-se vila, emancipando-se em 07 de maio de 1887.
Nos fins do século XVII a então província de Santa Catarina contava com as seguintes povoações: São Francisco do Sul, a primeira a ser fundada, Desterro, que passou a ser a capital da província, fundada em 1673 e Laguna, que abrigava todo o sul da Província. Estas povoações e as que foram pouco a pouco surgindo, quase sem comunicação entre si, muito lutavam contas as invasões de navios estrangeiros e, no interior, contra os constantes ataques indígenas. O Brasil, com seu imenso território era uma simples colônia de Portugal.
Sobre a data em que se fixaram os primeiros povoadores nas terras que formam hoje o município de São Joaquim, não existe documento algum. Sabe-se que nas primeiras décadas do século XVIII, precisamente no ano de 1728 por estas paisagens andou o pioneiro Francisco de Souza Faria, que abriu o primeiro caminho ligando o litoral catarinense ao seu planalto. Essa picada de denominava “Estrada dos Conventos ou de “Araranguá”. Por ser íngreme nas estrada subiam homens e tropas de animais, que vindos do Rio Grande do Sul, demandavam ao campo de Lages, com destino à São Paulo. Segundo a obra “História de La Conquista”, do jesuíta Losano, editada em 1745, sabe-se que os campos e pinheirais catarinenses, inclusive os de São Joaquim, teriam sido visitados pelos padres espanhóis da Companhia de Jesus.
Com a fundação de Lages em 1766 por bandeirantes paulistas alguns se estabeleceram nos campos adjacentes e teriam andando ou até se fixado pela região de São Joaquim. Pode se afirmar que tenham sido os gaúchos os primeiros habitantes das terras joaquinenses. Os primeiros documentos encontrados, fazendo referencia ao povoado que hoje é a cidade de São Joaquim, são de 1868 ou 1869. Por essa época já era Lages, uma localidade regularmente desenvolvida e o seu município abrangia as terras circunvizinhas, compreendendo as áreas que formam atualmente os Municípios de São Joaquim, Urubici e Bom Retiro. Foi em 1873, no Distrito da Costa da Da Serra que o bandeirante paulista Manoel Joaquim Pinto, fundou a freguesia de São Joaquim de Cruzeiros. Em 1887, São Joaquim assumiu sua independência, com a instalação do município em 07 de maio daquele ano.
Na imensidão do território brasileiro, no sudeste do planalto catarinense nasceu a pitoresca cidade de São Joaquim. No período de 1750, conta a história, da existência de grandes fazendas de gado, sendo que seus proprietários vinham de São Paulo e do Rio Grande do Sul, mais precisamente de Santo Antonio da Patrulha e Viamão no Rio Grande do Sul. Os paulistas vinham da região de Piracicaba e Araraquara no interior paulista. Através do entrelaçamento das famílias pioneiras forma-se extenso feudo rural. Eram ao total meia dúzia de sesmarias que naquela época faziam parte da freguesia Nossa Senhora dos Prazeres de Lages, atual cidade de Lages, do qual São Joaquim foi desmembrada. O município denominava-se então, Costa da Serra e, em 28 de janeiro de 1868, nele foi criado um Distrito Policial.
Pela lei Provincial n° 645 de 02/05/1871, de 1° de Abril de 1873, o distrito policial foi desmembrado da freguesia da Lages, e instalado no Distrito da Costa da Serra a freguesia de São Joaquim do Cruzeiro. Seu fundador, o Paulista Manoel Joaquim Pinto de Arruda Filho, nasceu por volta de 1808/1809. Destacou-se politicamente nos anos de 1822 e 1824 em Piracicaba, São Paulo. Para fundar São Joaquim, teve a colaboração de vários pioneiros da região. Em 31 de março de 1886 a então freguesia foi elevada a vila, surgindo assim o novo município. Em 16 de janeiro de 1887 realizava-se a primeira eleição a vereador, em sete de maio de 1887 passou à denominação de São Joaquim, com a sua instalação oficial.
Como os demais municípios da serra catarinense, teve na extração da madeira, na agricultura e na pecuária toda a base da economia. Entretanto hoje em dia, aproveitando o clima propicio, desenvolve a fruticultura em larga escala, diversificando entres plantações de uvas para vinhos, frutas de clima temperado e principalmente maçã, sendo uma das maiores produtoras do país. A terra do frio, hoje é um dos polos da serra catarinense pelo desenvolvimento e progresso continuo.
CARACTERÍSTICAS
Situada a 1.360m de altitude, São Joaquim é considerada a cidade mais fria do Brasil, sendo famosa pela neve que cai a cada inverno. Além do cenário tipicamente europeu, o município é um misto de cultura, diversidade étnica, tradição e natureza, com um leve aroma de maçãs e uvas solto no ar.
- Data de fundação - 07 de abril de 1887.
- Data festiva - 07 de maio (aniversário da cidade).
- Principais atividades econômicas - A economia do município era fundamentada na pecuária, mas teve grande impulso com a cultura da maçã, iniciada na década de 1970. Hoje, São Joaquim é o terceiro produtor da fruta no Estado, contando mais de 600 pequenos produtores. (2002). Atualmente São Joaquim é o maior produtos de maçã de SC com mais de 1200 pequenas produtores (2012)
- População - 22.790 habitantes (Censo de 2000). 24.812 habitantes (Censo de 2010)
- Colonização - Gaúcha, paulista, alemã e italiana.
- Principais etnias - Portuguesa, africana, alemã, italiana, japonesa e gaúcha.
- Localização - Planalto Serrano, a 136 km de Tubarão, 81 km de Lages e 276 km de Florianópolis.
- Área - 1.892 km².
- Clima - O clima é temperado, com baixas temperaturas no inverno - os termômetros já marcaram -10ºC. No verão, a temperatura máxima já ocorrida foi de 31,4ºC, e a mínima registrada foi de -14ºC, em 1969.
- Altitude - O centro da cidade está 1.360m acima do nível do mar.
- Cidades próximas - Lages, Painel, Urubici, Urupema, Orleans, Lauro Müller, Bom Retiro.
Paisagem Natural
TURISMO
São Joaquim é a cidade mais fria do Brasil - no inverno seus termômetros podem marcar –10°C. As cachoeiras ficam congeladas e os campos cobertos de neve. É o único lugar no País onde, invariavelmente, neva a cada inverno. Grande produtora de maçã, promove a cada dois anos a Festa Nacional da Maçã, atraindo milhares de turistas. Mais recentemente também tornou-se referência na produção de vinhos finos, tendo como destaques as vinícolas Villa Francioni e a Sanjo. Destaque também para o Parque Nacional de São Joaquim, a beleza da Serra do Rio do Rastro, os campos e as araucárias, que se sobressaem entre cachoeiras, vales e rios com corredeiras. Opções de lazer não faltam em São Joaquim. Para quem sobre a Serra do Rio do Rastro, é obrigatória uma parada no Mirante, de onde se avista grande parte da região, destacando-se os campos divididos por taipas (muros de pedras), antes de seguir pela estrada emoldurada pela paisagem de campos nativos e capões de pinheiros araucária, até entrar na zona urbana da cidade. Nos dias claros é possível ver o mar, a mais de 100 km de distância e 1.400 m abaixo. Na cidade, sobressai-se a imponência da Igreja Matriz, construída entre 1918 e 1935, toda em pedra basálto retirada dos morros próximos e trazida em carros de boi.
Natureza - O Snow Valley, uma trilha ecológica entre xaxins, pinheiros, bracatingas e samambaias, cascatas e pontes rústicas, é o principal atrativo natural de São Joaquim. Mas vale também uma visita ao Parque Nacional de São Joaquim, com matas de araucárias e vários cânions.
Cultura - O povo de São Joaquim é formado por uma mistura étnica curiosa – japonês, africano, bugre, italiano, gaúcho, alemão... Cada cultura preserva suas tradições através do folclore, da literatura, das artes plásticas, do artesanato, da dança e da música, nas várias associações étnico-culturais existentes na cidade. Na Casa do Artesão há permanente exposição de peças de artesões locais.
Infra-estrutura turística - A melhor infra-estrutura turística de São Joaquim está nas fazendas para turismo rural, mas na cidade também há bons hotéis, com calefação ou lareira, adaptados para o frio rigoroso do inverno. Os restaurantes típicos servem comida caseira, muito saborosa. No Parque Nacional da Maçã, onde acontece a Festa Nacional da Maçã, há infra-estrutura adequada ao turismo rústico, com camping, cancha de laço, pavilhão de exposições e palco para shows.
Como Chegar - Acesso rodoviário pela SC-438, mais conhecida como Estrada da Serra do Rio do Rastro. A rodovia liga a BR-101 (na altura de Tubarão, distante 136km) à BR-116 (na altura de Lages, distante 81km). São Joaquim conta com um pequeno aeroporto, não-pavimentado, de 1.050m x 30m. Em Lages há aeroporto asfaltado e com balizamento noturno.
SERVIÇOS
Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Joaquim
Câmara Municipal de São Joaquim
Prefeitura Municipal de São Joaquim
Hotel Fazenda Rio do Rastro
Vale da Neve
Pousada Água Santa
Pousada Caminhos da Neve
Pousada Monte Carlo
Pousada Chalé Alto da Serra
Pousada Branca de Neve
São Joaquim Park Hotel
Cooperserra
Sanjo
Hiragami
Villa Francioni
Hotel Nevada
Climaterra
São Joaquim Online
Onjack
PREFEITOS
(Fonte: "Conhecendo São Joaquim", de Rosimere Mariotti Machado e João Batista de Oliveira)
Antonio José Alves de Sá | |
João da Silva Ribeiro |
1891 - 1895
|
Leonel Caetano da Silva Machado |
1895 - 1897
|
(Cel) Cesário Joaquim do Amarante |
1898 - 1926
|
Boanerges Pereira de Medeiros |
1926 - 1930
|
Antonio Palma |
1930 - 1931
|
Paulo Bathke |
1931 - 1934
|
José Borges de Souza |
1934 - 1935
|
Antonio Pereira Sobrinho |
1935 - 1936
|
Gregório Pereira da Cruz |
1936 - 1941
|
Hercílio Vieira do Amaral |
1941 - 1947
|
Hilário Bleyer |
1947 - 1951
|
Ismael Nunes |
1951 - 1956
|
João Inácio de Melo |
1956 - 1961
|
Ismael Nunes |
1961 - 1965
|
Osni Vieira |
1965 - 1966
|
Egídio Martorano Neto |
1966 - 1970
|
Joaquim Anacleto Rodrigues Neto |
1970 - 1973
|
Egídio Martorano Neto |
1973 - 1974
|
Joaquim Godinho dos Santos |
1975 - 1977
|
Rogério Tarzan Antunes da Silva |
1977 - 1983
|
Prudente Cândido da Silva Filho |
1983 - 1988
|
Rogério Tarzan Antunes da Silva |
1988 - 1992
|
Joaquim Anacleto Rodrigues Neto |
1993 - 1997
|
João Carlos Pagani |
1997 - 2000
|
Newton Stélio Fontanella |
2001 - 2004
|
Newton Stélio Fontanella |
2005 -2008
|
José Nérito de Souza |
2009 - 2012
|
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARLS Fraternidade Serrana - http://www.fraternidadeserrana.com.br
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisitica - http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=421650
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